Você sabe fazer autopesquisa?
O ato de investir no autoconhecimento pode ser natural para algumas pessoas, mas será que todas sabem fazer autopesquisa ou estão aproveitando ao máximo essa ferramenta aceleradora da evolução pessoal?
Autopesquisa é o estudo se si mesmo, então há inúmeras possibilidades, pode-se buscar identificar alguma característica pessoal, como por exemplo, um traço força predominante, ou seja o megatrafor, ou estudar visando a superação de um traço fardo, de um trafar.
Além disso, tem a questão também de paradigma, pois a pesquisa de si mesmo no paradigma da Ciência Conscienciologia leva em consideração a multiexistencialidade, a multidimensionalidade e as bioenergias, entre outros aspectos.
Isso enriquece muito mais o processo e ao mesmo tempo complexifica o estudo, pois aumenta o número de variáveis. O que se sente pode ser de consciexes, de consciências de outras dimensões, ou a reciclagem pode ser a pessoa trabalhar com as bioenergias sem ser de modo místico.
Pesquisar a si mesmo é complexo, devido ao seu objeto de estudo, a consciência, ser multifacetada e cada indivíduo ser único. É importante realizar o estudo de si mesmo com tecnicidade e autocientificidade, embasando-se em fatos e parafatos.
Então, autopesquisa não é só autoconhecimento, é muito mais do que isso e envolve métodos, pois está inserida dentro de uma ciência. Pesquisa não é algo que se faz de qualquer jeito, exige técnicas e experimentos, no caso de não ser teórica. Autopesquisa não tem como ser 100% teórica, é necessária a prática, a experimentação pessoal.
Mesmo o reconhecimento de um traço é a partir de dados práticos, pois não é o conhecimento teórico que indica ter um traço, mas sim a partir das manifestações no dia a dia e aplicação de técnicas de identificação. Não é com base em achismos que se faz uma pesquisa.
Ao mesmo tempo, toda pesquisa exige um mínimo de conhecimento teórico sobre o assunto. Então a autopesquisa também precisa de leitura, seja para saber exatamente o que significa o que está se estudando ou para ver possíveis soluções que outros já propuseram, a famosa pesquisa bibliográfica.
Depois das leituras e das autoexperimentações é necessária uma análise do que se estudou e levantou de dados da prática autopesquisística, então é necessária autorreflexão.
Assim, a autopesquisa exige no mínimo 4 itens:
- Pesquisa teórica sobre o assunto.
- Técnicas e métodos.
- Experimentação.
- Análise das informações.
Na prática as leituras e as experimentações vão ocorrendo ao longo de todo o processo de uma pesquisa, um resultado pode levar a necessidade de novos estudos e uso de outras técnicas. É um processo dinâmico.
Ler melhora a cognição, seja de assunto diretamente relacionado ao tema de pesquisa, seja para ampliar o conhecimento e realizar correlações mais amplas, por exemplo na autopesquisa, o estudo da história da humanidade pode trazer informações sobre possíveis existências prévias nesta dimensão e impactos na consciência até hoje.
Estudo mais aprofundado de vidas pretéritas pode ser necessário para autossuperação de traumas ou para conseguir se alinhar com a programação realizada do que se tem que fazer nesta existência intrafísica, a proéxis.
As técnicas são recursos otimizadores de qualquer processo, seja em uma fábrica ou na vida pessoal, e em pesquisa são essenciais, pois um passo a passo precisa ser realizado de modo planejado para que os dados possam ser analisados de modo consistente.
Um exemplo do cotidiano de muitas pessoas é o uso de medicamentos, para se chegar a dosagem certa e o intervalo entre a ingestão deles foi necessário pesquisa com técnica e método. Imagine se fosse realizado de qualquer maneira, quanto tempo levaria para se ter dados consistentes para chegar a um resultado.
Em relação aos autoexperimentos também segue a mesma linha de raciocínio, quanto mais planejado melhor, pois vivenciar algo e analisar depois é diferente de você se preparar conscientemente e antecipadamente.
Um exemplo autopesquisístico é aproveitar os dados oriundos de observações realizadas casualmente quando eventualmente fala em público. Ao invés disso, procurar um modo de se expor mais a grupos diversos de pessoas e utilizar uma planilha para preencher com fatos e parafatos para posterior análise. Nesse último caso, em tempo mais curto terá mais informações que estarão organizadas e facilitarão a identificação de algum padrão que se repete.
Para identificar padrões nos dados coletados e analisá-los é preciso estudar e refletir. A autorreflexão pode trazer por si só um efeito reciclogênico, ou seja, ajudar a compreender algo que simplesmente faz a pessoa modificar uma postura ou um pensamento.
Portanto, autopesquisa é algo que exige dedicação e um método a ser seguido.
Não é impossível desenvolver algo sem técnica e método, mas é muito mais difícil. E em relação à evolução da consciência é assim que normalmente fazemos, vamos na tentativa e erro, e por várias vidas. A autopesquisa serve para acelerarmos esse processo tornando mais consciente e otimizado, planejando as recins e realizando-as de modo científico.
Assim, autopesquisa é muito mais que autoconhecimento.
Boas autopesquisas!

Adriana Kauati
Adriana Kauati é professora universitária, doutora em Engenharia Biomédica. Voluntária, pesquisadora e docente da Conscienciologia. Autora do livro Síndrome do Impostor: Superação pela Autocientificidade (2017) e co-organizadora do Manual de Leitura: Guia Prático para Ler Textos de Diferentes Áreas do Conhecimento (2021).