Resenha do Livro: Comunicação Evolutiva

Resenha do Livro: Comunicação Evolutiva nas interações conscienciais

Para que se comunicar? 

É inegável a importância da comunicação nos dias de hoje. Além de ser fonte de informação, é por meio da comunicação que se transmite conhecimento, se realiza a convivialidade, ajuda cada um a expressar ideias, sentimentos e emoções. Comunicar-se é, em primeira instância, expressão da própria singularidade de cada interlocutor. 

Cada consciência é um ser comunicativo que se autoexpressa pelas várias possibilidades de comunicação: a verbal (pela fala e escrita, telepatia de palavras), a não verbal (pelos sinais, a gestual, a parapsíquica ou energética (pelas energias conscienciais), não simbólica (Conscienciês). Esta é, em essência, a preocupação das pesquisas no campo da Comunicologia, especialidade da ciência Conscienciologia, tendo enfoque na comunicação interconsciencial e interdimensional e seus diversos modos de linguagem. 

As habilidades do comunicólogo se ampliam quando está empenhado no desenvolvimento da tridotação consciencial intelectualidade−parapsiquismo−comunicação, com destaque para a comunicação evolutiva, por envolver o aspecto multidimensional e incluir o saber pensenizar, carro-chefe dos 6 saberes comunicativos, ferramentas básicas para a prática comunicacional. 

Um dos principais benefícios de comunicar-se com qualidade e maturidade está em encurtar a distância entre as consciências e suas realidades intraconscienciais, além de acelerar a evolução pessoal.

 

O que é a Comunicação Evolutiva?

A comunicação evolutiva é a capacidade madura de autoexpressão verbal, não verbal, escrita, energética e parapsíquica, realizada pela consciência lúcida da autoevolução, sendo ferramenta essencial à prática da interassistência.  Tal capacidade se revela na maneira eficaz, ou não, das diversas manifestações e interlocuções cotidianas (Seno, 2013, p. 16).

A proposta desse neoconceito revela a importância da comunicação nas diversas manifestações e interlocuções entre as várias consciências nas diversas dimensões. Assim, contribui para a comunicação entre conscin-conscin, conscin-consciex e entre consciexes, revelando-se ferramenta proexológica eficaz e produtiva.

O principal objetivo da comunicação evolutiva é anatomizar pela autopesquisa a própria conscin e a qualidade interassistencial de sua autoexpressão e melhorar sua relação consigo, com os familiares, amigos, com a sociedade em geral, incluindo as consciências das dimensões extrafísicas. 

Para isso, realizar reflexões e aplicar técnicas de autopesquisa ampliam autoconhecimento de maneira sistemática, amadurecendo assim as manifestações conscienciais. 

Aprender sobre a teoria do tema comunicação associado à prática pessoal promove caráter teático na utilização da comunicação evolutiva e expande o assunto a ponto de alcançar visão panorâmica, dispondo dos conhecimentos de várias disciplinas auxiliares.

Os temas da Comunicologia abrangem várias abordagens, não só humana ou intrafísica, mas também e, principalmente, a comunicação interconsciencial, aquela com ocorrências nas múltiplas dimensões simultaneamente. Esse caráter interdimensional e interdisciplinar proporciona diálogo com outras especialidades da Conscienciologia, tais como: Autopesquisologia, Pesquisologia, Interaciologia, Assistenciologia, Grupocarmologia, Etologia, Conviviologia, e, ainda, com outras áreas do conhecimento, em especial a Linguística e a Psicologia Social.

As premissas da comunicação evolutiva estão fundamentadas no paradigma consciencial, destacando a influência da multidimensionalidade e da pluriexistencialidade nas inter-relações conscienciais, no exercício cotidiano da convivência e grupalidade.

 

Como ocorre a Comunicação Evolutiva?

A prática comunicativa comum ocorre entre duas ou mais pessoas, havendo também o solilóquio que é a comunicação da pessoa consigo mesma. Porém, pelo paradigma consciencial, as interações conscienciais extrapolam a dimensão intrafísica e são consideradas também outras formas de interações com as dimensões extrafísicas, a saber:

  1. Conscin-conscin.
  2. Conscin-consciex.
  3. Consciex-consciex.

Qualificar a intercomunicação exige aplicação de técnicas, questionar-se, investigar a fundo os pontos falhos e os pontos já desenvolvidos, buscando adquirir habilidades faltantes. Esses questionamentos podem ser feitos pela técnica da autocomunicometria (Seno, 2021).

 

Comunicação Evolutiva e Autopesquisa

A autopesquisa otimiza o autoconhecimento de modo profundo pelo uso de técnicas, apontando o caminho intraconsciencial mais otimizado para qualquer (auto)pesquisador conhecer-se no modo real sobre seu funcionamento, identificando comportamentos e maneiras de ser e de autoexpressar-se, ainda carentes de aprimoramentos. 

Pesquisar a si mesmo exige autoenfrentamento e despojamento, especialmente no momento de mostrar publicamente os resultados dos achados autopesquisísticos pelo uso da comunicação oral (palestras, cursos) ou escrita (artigos, livros), envolvendo certa dose de coragem evolutiva e habilidades comunicativas. 

Colocar-se enquanto objeto de pesquisa implica realizar dois movimentos. Do mesmo modo que ao interagir qualquer consciência necessita comunicar-se, torna-se necessário o mergulho no autoconhecimento para descobrir e mapear os mecanismos de funcionamento intraconsciencial em constante autocomunicação, pelo solilóquio, para a consciência obter a autoconscientização de seu modus operandi de pensenizar. 

Esse movimento centrípeto inicial aumenta a autocompreensão de quem a consciência é, em sua realidade intraconsciencial atual, para depois sair de si, indo ao encontro do outro, pelo movimento centrífugo e praticar a comunicação sadia, assistencial, assertiva e tarística. Esse duplo movimento favorece a condição de aceleração da história pessoal pela autopesquisa continuada e melhora a qualidade de suas interações com as demais consciências.

É desafiador e tarístico, ao mesmo tempo, colocar-se enquanto objeto de pesquisa, e quando a conscin resolve publicar suas casuísticas pessoais, explicitando traços de personalidade autoanalisados de modo aprofundado e autocrítico, estimula os leitores a fazerem o mesmo, buscando os próprios aprendizados ao convidá-los a adentrarem em espaços mentais (talvez) ainda não autoinvestigados.

 

O Propósito da Comunicação Evolutiva

A comunicação evolutiva serve a vários propósitos interativos, porém há a necessidade de se ter consciência não só de si mesmo, mas também das influências exercidas por outras consciências habitando outras dimensões. Entender as sutilezas das conexões pensênicas estabelecidas entre conscin-consciexes desvenda a qualidade das interações cotidianas conscin-conscin, sendo explicitado o complexo cenário multidimensional no qual a humanidade está imersa constantemente. 

Assim, para a qualificação da comunicação é indicada a leitura da obra Comunicação Evolutiva (Seno, 2013) na qual são apresentadas ferramentas de autopesquisa a exemplo da Técnica da Autopensenometria e do Método de Autoanálise das Emoções, entre outras, visando à autorreciclagem para a mudança de patamar evolutivo e assim alcançar novo desempenho comunicativo nas interações conscienciais.

A partir dos traços faltantes (trafais) e dos traços-fardos (trafares) auto-observados, compreende-se a necessidade de se investir nas habilidades e competências não só linguísticas, mas também energéticas e parapsíquicas, dentro da visão de conjunto do complexo universo interdimensional. 

 

Saberes Comunicativos

Os fundamentos para aplicação e autoinvestimento do conceito de comunicação evolutiva estão embasados nos 6 saberes comunicativos, conjunto de saberes que agrupa de modo indissociável as 6 habilidades comunicativas:   

  1. Saber ouvir: realizar a escuta atenta e educada.
  2. Saber falar: usar as palavras na hora certa, no momento certo e com a pessoa certa.
  3. Saber ler: dedicar-se à leitura polímata, erudição e intelectualidade.
  4. Saber escrever: produzir gescons prioritárias e a escrita tarística.
  5. Saber traduzir: aprender e qualificar a comunicação interdimensional pelo parapsiquismo lúcido e cosmoético.
  6. Saber pensenizar: expressar o pensene (pensamento + sentimento + energia) com a máxima qualificação e singularidade consciencial pela vivência multidimensional. 

O domínio dos saberes comunicativos abarca as manifestações conscienciais em amplo espectro, a holossomática, exigindo conhecimento de habilidades cognitivas e mentaissomáticas, mas sobretudo a competência parapsíquica para interagir e intercomunicar-se com as conscins e consciexes nas diversas dimensões. 

Por exemplo, inclui estudos dos perfis conscienciais com características específicas que exemplificam certas falhas de comunicação, aqui denominadas de travas evolutivas; obstáculos nas inter-relações; comportamentos e atitudes desfavoráveis ao exercício da comunicação traforista e assistencial. Para tanto, no livro Comunicação Evolutiva, a autora analisa pelo menos 3 perfis conscienciais: 

  1. O portador da Síndrome do Estrangeiro. 
  2. O portador de algum nível de autismo consciencial. 
  3. O portador de traço da inflexibilidade ou rigidez pensênica.

Com o foco na autossuperação e autoqualificação, a aplicação da comunicação evolutiva auxilia esses perfis conscienciais a encontrarem alternativas ou saídas de tal condição, buscando paraterapêuticas, contrapondo ideias, reciclando comportamentos e vícios pensênicos.

Para a compreensão e eficácia desse movimento de reciclagens intraconscienciais, importa listar os aspectos influentes na intercomunicação, contemplando os facilitadores e dificultadores da comunicação sadia e assistencial, ao buscar identificar em cada ato comunicativo as influências positivas ou negativas, conforme o local, ambiente, estado holossomático da consciência e o conteúdo veiculado. 

Estabelecer para si padrão cosmoético na intercomunicação revela maturidade consciencial, pois o código pessoal de Cosmoética (CPC) orienta os atos comunicativos, falando na hora certa, no local certo e transmitindo informação correta. O próprio fechadismo autista bloqueia o uso da cosmoética (Seno, 2013, p. 74).

Importa usar o senso prático na autopesquisa quanto aos travões comunicativos para estabelecer as conexões interconscienciais exercer a autoexpressão autêntica e lúcida e ampliar a interassistencialidade. Assim, pela abordagem da Assistenciologia e da Interaciologia, há a necessidade de interlocuções sadias, com o objetivo de troca de experiências e de informações, visando aprimorar conhecimento, assistencialidade e domínio da comunicação inteligente. 

O aprofundamento autocognitivo, pela reflexão, é eficiente técnica para amadurecimento consciencial, valendo-se da interlocução útil entre as diversas consciências. Assim, o processo evolutivo acelera-se (Seno, 2013, p. 203).

A autoconscientização da necessidade de qualquer conscin dominar os 6 saberes comunicativos para otimizar as contínuas e cotidianas interações, aumenta a maturidade consciencial, enriquecida pela aplicação, por exemplo, da Técnica do Espelhamento Consciencial (Seno, 2013, p. 96 a 102). O autoesforço resulta em autossuperações das travas comunicativas, empecilhos à autoevolução consciencial.

Analisando as formas e os aspectos influentes nesse processo comunicativo multidimensional, depreende-se que cada consciência é responsável por sua evolução e mudança de patamar evolutivo. A conquista da holomaturidade começa com a decisão íntima de empreender ações recinológicas para a melhor qualificação comunicativa e interacional e, principalmente, visando à realização das metas prioritárias da proéxis pessoal e grupal.

Assistir implica doar energia, conhecimento, informação, caracterizando abertismo consciencial, disponibilidade e benignidade. Tais ações somente são possíveis por meio da comunicação interconsciencial pela perspectiva evolutiva. Com isso, são trazidos os resultados ou efeitos dessa intercomunicação, qualificadores da capacidade assistencial pelo uso da comunicação parapsíquica cosmoética.

Concluindo, a intenção interassistencial durante as interações conscienciais pode se converter em dinâmicas grupais sadias, cenário propício para o aumento da capacidade interassistencial de cada interlocutor envolvido. 

Ficou interessado em saber mais sobre o livro? Acesse: https://editares.org.br/livro/comunicacao-evolutiva-nas-interacoes-conscienciais/

Autora

Ana Seno

ANA SENO é licenciada em Letras nos idiomas Português, Espanhol e Francês. Mestre em Linguística. Professora, revisora e tradutora. Pesquisadora da Conscienciologia desde 1995. Docente desde 2005. Especialista em Comunicologia e Conscienciografologia. Verbetógrafa da Enciclopédia da Conscienciologia. Publicou diversos artigos científicos nas áreas da autopesquisa e comunicação. Autora do livro Comunicação Evolutiva nas Interações Conscienciais (2013). Organizadora conjunta dos livros: Serenarium (2020) e Glosario de Términos Esenciales en Español (2021). Atualmente voluntaria na ARACÊ e na UNIESCON.

Referências Bibliográficas

Seno, Ana; Comunicação Evolutiva nas Interações Conscienciais; pref. Málu Balona; revisores Equipe de Revisores da Editares; 342 p.; 4 seções; 29 caps.; 36 citações; 1 diagrama; 22 E-mails; 70 enus.; 2 esquemas; 2 fluxogramas; 1 foto; 4 ilus.; 1 microbiografia; 1 planilha; 9 tabs.; 20 websites; glos. 181 termos; 17 filmes; 183 refs.; 2 apênds.; 23 x 16 cm; br.; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2013; páginas 16, 74, 96 a 102 e 131 a 249. 

Idem; Autopesquisa Interdisciplinar: Trinômio Pensenologia-Comunicologia-Assistenciologia; Artigo; VIII Semana Paracientífica; Foz do Iguaçu, PR; 19-25.07.2021; Conscientia; Revista; Trimestral; Ed. Especial; Vol. 25; N. 3; 1 E-mail; 6 enus.; 1 figura; 1 tab.; 10 refs.; Associação Internacional do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC); Foz do Iguaçu, PR; Julho-Setembro, 2021; páginas 448 a 458.

Vieira, Waldo; Homo sapiens reurbanisatus; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 1.584 p.; 24 seções; 479 caps.; 139 abrevs.; 12 E-mails; 597 enus.; 413 estrangeirismos; 1 foto; 40 ilus.; 1 microbiografia; 25 tabs.; 4 websites; glos. 241 termos; 3 infográficos; 102 filmes; 7.665 refs.; alf.; geo.; ono.; 29 x 21 x 7 cm; enc.; 3a Ed. rev. e aum.; Associação Internacional do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC); Foz do Iguaçu, PR; 2003; páginas 318 a 337.

Idem; Dicionário de Argumentos da Conscienciologia; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 1.572 p.; 1 blog; 21 E-mails; 551 enus.; 1 esquema da evolução consciencial; 18 fotos; glos. 650 termos; 19 websites; alf.; 28,5 x 21,5 x 7 cm; enc.; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2014; páginas 796 e 971.

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