O que é Estado?
O Estado é a organização ou agrupamento de ideais políticos, indivíduos estabelecidos em determinado território, submetidos à autoridade de um poder público soberano, objetivando a eficácia do bem comum.
Para a construção desse “bem comum” são realizados pactos e contratos sociais, onde os cidadãos renunciam e transferem direitos naturais em favor do interesse público.
O reconhecimento do Estado enquanto entidade de direito público, ocorre pela tríade basilar composta pelo povo, território e a soberania, e não apenas pelo poder que exerce perante a coletividade.
O Estado Mundial e a Cosmoética Conscienciológica
O conceito de Estado Mundial Cosmoético, na cosmovisão parapolítica da Conscienciologia, abarca novos valores jamais referenciados, tendo a Cosmoética por filosofia moral e abrangendo a multidimensionalidade.
A ideia de um governo único mundial integrando todos os povos permeou a mente de muitos filósofos, políticos e intelectuais. Embora tenha sido cogitado em outros tempos, nunca houve sua constituição, tendo em vista o misticismo prepotente, a política imperialista e o militarismo beligerante sempre atuando no impedimento da realização de governos mundiais com tendência ao pacifismo e à democracia.
Sob a égide da Cosmoeticologia, o professor, advogado e conscienciólogo Jayme Pereira (1930-2019), fez um contraponto com as políticas dominantes.
Em seu livro Princípios do Estado Mundial Cosmoético (2014, p. 9), expõe com lógica e coerência, a proposta inovadora de estrutura e prospectivas da neossociedade intrafísica futura, embasando a evoluída política:
“A expressão “Estado Mundial” refere-se à ideia de estrutura do Estado ou Governo único em toda Humanidade. A função prioritária do Estado Mundial consiste em promover a cooperação, o intercâmbio e a integração entre os Estados. A gestão internacional, garantia do respeito às diferenças nacionais e culturais, fundamenta-se no consenso das nações.
[…] A concretização do Estado Mundial supõe o amadurecimento da consciência cosmopolita na Terra e a flexibilização dos governos nacionais quanto ao pressuposto direito de exercício da absoluta soberania”.
Atualmente, existem pequenos grupos motivados com esse corpus de ideias libertárias, mas o Planeta ainda se encontra em faixa evolutiva abaixo da média para a implantação da referenciada política.
A mudança ocorrerá quando a Humanidade conseguir ultrapassar, vencer, transpor as fronteiras geopolíticas sectárias e superar os egocentrismos multimilenares, propiciando a catalisação da maxiproéxis grupal, e oportunamente, a vivência teática da megafraternidade.
Entretanto, instituições, personalidades e diversos pesquisadores motivados pelo vanguardismo do paracientista Waldo Vieira (1932-2015), admitem o projeto da constituição esboçante dessa política evoluída, denominada Proto-Estado Mundial.
A concepção deste arcabouço parapolítico se embasa nos valores evolutivos atinentes às neoverpons conscienciológicas, no exemplarismo das Instituições Conscienciocêntricas – ICs, no trabalho voluntário, na vivência da Cosmoética e nas práticas parapsíquicas interassistenciais, as quais promovem o acolhimento, a orientação e o encaminhamento de conscins e consciexes, por meio da tares antidogmática.
Os cognopolitas têm a chance ímpar na História da Humanidade de instituir essa célula prototípica. A partir do Conselho dos 500, ousam superar a proposta da democracia pura do legislador Clístenes (560-508 a.e.c), fundador do sistema democrático de Atenas, idealizador do Conselho homônimo na antiga Grécia, quando apenas pequeno percentual da população tinha direito ao voto.
A hipótese sugerida por Vieira está exposta no verbete Proto-Estado Mundial, com o claro propósito de se iniciar na Cognópolis e se espargir Cosmos afora, em séculos ou milênios.
“O Proto-Estado Mundial é o esboço, ensaio ou tentativa de determinado grupo de pessoas afins viver social e politicamente, de modo experimental, hoje, no Terceiro Milênio, a antecipação, em tamanho reduzido – por exemplo, a Comunidade Conscienciológica Cosmoética Internacional (CCCI), no Bairro Cognópolis, em Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil –, as múltiplas condições específicas, avançadas, do Estado Mundial futuro, idealizado e ainda tido por pura teoria ou visionarismo (VIEIRA, 2013a, p. 8.980)”.

Marlene Roque
Bacharel em Direito, com especialização em Direito do Trabalho, pesquisadora da Paradireitologia desde 2008, voluntária da Conscienciologia e tenepessista desde 2009, docente desde 2011, autora do livro Liderança Compartilhada: Ferramenta Evolutiva Grupal e diversos artigos e verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia. Atua em qual IC atualmente: IIPC Desde quando? 2018; E ainda: Projeto suprainstitucional da Ágora Cognopolita, em parceria com a AIEC, desde 2018.
Fonte Imagem: Unsplash – Bill Oxford
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Pereira, Jayme; Princípios do Estado Mundial Cosmoético; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2013; páginas 9 e 183.
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Roque, Marlene; Liderança Compartilhada: Ferramenta Evolutiva Grupal; Epígrafe Editorial; Foz do Iguaçu, PR; 2020; páginas 303 a 313; 365 a 371.
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Vieira, Waldo; Org.; Enciclopédia da Conscienciologia; Associação Internacional de Enciclopediologia Conscienciológica (ENCYCLOSSAPIENS); & Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2018; ISBN 978-85-8477-118-9; verbete Proto-Estado Mundial; Vol. 22, p. 18.450 a 18.454.
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Vieira, Waldo; Org.; Enciclopédia da Conscienciologia digital; verbete Histórico do Conselho dos 500; N. 4.787.