Escala Evolutiva das Consciências: Consréu Transmigrada

Consréu Transmigrada

A princípio, existem duas categorias de transmigrações interplanetárias de consciexes: 

  1. Sadias (evolutivas, a maior): ocorrem com o estabelecimento voluntário de consciexes pacíficas em planetas acolhedores, em condições evolutivas mais avançadas, amplificadoras e mais confortáveis para as mesmas. 
  2. Doentias (regressivas, a menor): decorrentes das reurbexes, ocorrendo com o estabelecimento compulsório de consciexes conflitivas em planetas estranhos, menos acolhedores, em condições evolutivas mais atrasadas, restritivas, precárias e menos confortáveis para as mesmas.

Dentre as duas categorias, a consréu transmigrada se insere na segunda, pois é a consciência extrafísica reurbanizada e exilada compulsoriamente em planeta de nível evolutivo inferior à Terra, na readequação em ambiente cosmoeticamente mais propício à evolução; a real personalidade extraterrestre.

Apesar disso, um questionamento válido a se fazer é o seguinte: Será que consréu transmigrada tem alguma qualidade? Ou, como se denomina em Conscienciologia, algum trafor (traço-força)?

Para isso recorre-se ao teste: “383. TESTE DAS 11 PERGUNTAS QUANTO AO TRAFOR“, da obra 700 Experimentos da Conscienciologia que diz o seguinte:

01. Agente. Quem pode ter o trafor marcante ou o megatrafor? Qualquer consciência. Varia a qualidade do trafor ou dos trafores da personalidade humana”.

Para melhor explicar e se entender mais bem o que se quer dizer por trafores adquiridos por quaisquer consciência, pode-se dizer que por conquista evolutiva refere-se, por exemplo  da autodeterminação, do autodomínio, da autossuficiência ou da genialidade pessoal em geral, de qualquer natureza representando os talentos máximos da consciência. 

No entanto, no caso da consréu transmigrada – e é justamente isso que a levou a essa condição – trata-se de trafores que acabaram por ser ociosos ou enganadores. Como poderia se dizer popularmente, quando o operário é mau, nenhuma ferramenta presta.

Portanto, a consréu transmigrada representa o típico caso do detentor de trafores enganadores. Isso é extremamente instigante e desafiador no estudo da consréu transmigrada, pois o trafor enganador comprova o nível de complexidade da consciência, dificultando em muito as análises de qualquer um interessado em ajudá-la.

Dentre as suas principais qualidades, destaca-se a liderança, o que, consequentemente, pode se desdobrar em outros trafores, tais como: o empreendedorismo, a organização, a disciplina, a autodeterminação e assim por diante. Falta-lhe, entretanto, em todos os casos, qualificar com a Cosmoética, isto é, a intencionalidade positiva, sadia, assistencial, visando o melhor para todos em todas as dimensões intra e extrafísicas. Por essa razão, os transmigrados e transmigradas não comandam nada porque não têm força cosmoética. Quem governa o Cosmos é quem tem Cosmoética. Quem não tem, não governa lhufas.

Em relação aos seus principais defeitos, ou trafares (traços-fardo), as consréus transmigradas são, essencialmente, belicistas. O genocídio, por exemplo, deve ser item básico das causas determinantes do exílio prolongado da consréu transmigrada, de modo compulsório, para planeta evolutivamente inferior à Terra. Além disso, também se ressalta a barbárie arraigada, a selvageria exacerbada e a reincidência criminosa.

Como falado, em razão da consréu transmigrada estar tipicamente relacionada à liderança, é importante considerar que as transmigrações interplanetárias de consréus transmigráveis, a partir da Terra, sem dúvida, são as mais importantes de serem consideradas em função dos grupos evolutivos. Em razão disso, elenca-se 10 efeitos grupais da transmigração interplanetária das consréus:

  1. Desterramento interplanetário: a desconexão física com o grupo previamente pertencente. 
  2. Ruptura mnemônica: a desconexão mnemônica com o grupo previamente pertencente.
  3. Rompimento grupal:  a fragmentação da falange assediadora.
  4. Pioneirismo compulsório: a habitação de planeta novo e inóspito.
  5. Reciclagem compulsória: a cisão com o grupo a partir da reciclagem existencial (recéxis) extremamente ampla, violenta, inédita.
  6. Neomorfologia física: a nova forma somática reforçando o afastamento do grupo.
  7. Afastamento dos mais próximos: o afastamento do convívio com o núcleo de consciências mais íntimas.
  8. Enfraquecimento pensênico: a incapacidade de influenciar pensenicamente o círculo pessoal de relações.
  9. Perda do grupo evolutivo: a perda do “bonde extrafísico” do grupo evolutivo.
  10. Desterramento extrafísico: a desconexão extrafísica com o grupo previamente pertencente.

Outro aspecto interessante é que o princípio de sermos inseparáveis em razão dos feitos – bons ou ruins – do passado se relativiza com a transmigração interplanetária dos transmigrados da Terra. Por isso, do ponto de vista assistencial quanto às consréus transmigradas, deve-se partir do princípio de que somente se deve ajudar quando o assistido (i) não é recalcitrante e (ii) não repudia a ajuda. 

No que tange às assistências que se pode realizar por meio da tenepes, isto é, a tarefa energética pessoal que por meio da qual se visa exteriorizar diariamente energias com o intermédio de amparadores extrafísicos técnicos, é certo que depois que a consréu é transmigrada, nada mais se pode fazer, pois a tenepes é dedicada a quem permanece ainda neste Planeta.

A transmigração interplanetária gera efeitos tão drásticos em relação aos deveres interassistenciais para com outras consciências que é capaz de zerar eventual débito cármico em relação a determinada consréu transmigrada.

Enfim, a transmigração interplanetária extrafísica das consciências reurbanizadas é drástica, terrível, mas não é tragédia infinita, mas sim crise evolutiva de crescimento grupal.

Autor

Rodrigo Marchioli

Advogado e professor universitário. Doutorando em Filosofia do Direito; Mestre em Direitos Humanos, Especialista em Mediação e Arbitragem. Voluntário da Conscienciologia desde 2011; docente de Conscienciologia desde 2013; Tenepessista desde 2016. Atualmente voluntário das ICs: ASSIPI e CEAEC

Referências Bibliográficas

PINHEIRO, Lourdes (org.). Dicionário de Neologismos da Conscienciologia. Foz do Iguaçu: Editares, 2014, p. 283. 

ROSSA, Dayane. Trafor Ocioso. In VIEIRA, Waldo. Enciclopédia da Conscienciologia. 9ª Edição. Foz do Iguaçu: Editares, 2018, p. 22.208.

VIEIRA, Waldo. Homo sapiens pacificus. 3ª edição. Foz do Iguaçu: Editares, 2007, p. 97, 139, 162, 370, 502/504.

VIEIRA, Waldo. Homo sapiens reurbanisatus.  3ª edição. Foz do Iguaçu: Editares, 2005, p. 828.

VIEIRA, Waldo. 700 Experimentos da Conscienciologia. 3ª Edição. Foz do Iguaçu: Editares, 2013, p. 447.

VIEIRA, Waldo. Léxico de Ortopensatas. Volume I. Foz do Iguaçu: Editares, 2014, p. 304, 445, 547, 553, 627.

VIEIRA, Waldo. Léxico de Ortopensatas. Volume II. Foz do Iguaçu: Editares, 2014, p. 445, 805, 867.

VIEIRA, Waldo. Léxico de Ortopensatas. Volume III. Foz do Iguaçu: Editares, 2014, p. 445, 1613, 1956, 1957.

VIEIRA, Waldo. Trafor Enganador, Trafor Ocioso e Transmigraciologia Extrafísica. In VIEIRA, Waldo. Enciclopédia da Conscienciologia. 9ª Edição. Foz do Iguaçu: Editares, 2018, p. 22.208

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