Convivialidade Cosmoética com o Pré-humano Domesticado

Convivialidade Cosmoética com o Pré-humano Domesticado

A convivialidade cosmoética com os animais é uma relação de respeito e responsabilidade. Para um intermissivista, voluntário da Conscienciologia, há menos atenuantes para atitudes anticosmoéticas nesta relação. 

Entende-se que o intermissivista, responsável com a própria evolução, já possui a lucidez necessária para enxergar os animais e a natureza como princípios conscienciais em evolução. Isso significa que, assim como nós, os animais e as plantas fazem parte dos ciclos multiexistenciais, com sequências de vidas intrafísicas e extrafísicas para desenvolverem a evolução pessoal gradualmente. 

Isso é possível devido ao seu holossoma, ainda rudimentar e um pouco diferente do nosso. Para as plantas, seu holossoma é composto por soma, o corpo físico que usam quando ressomadas, energossoma, também conhecido como o corpo das energias, que possibilita as trocas energéticas com o meio e um princípio de psicossoma, o corpo das emoções, comprovado em estudos na ciência convencional quando utilizam música na criação das plantas, por exemplo. 

Para os animais, estes veículos do holossoma comentados anteriormente também estão presentes, porém neste patamar evolutivo podemos observar que o psicossoma já está mais desenvolvido e há a presença de uma inteligência inicial, que permite alguns raciocínios básicos e a comunicação dentro da própria espécie e com outras diferentes, como é o caso do cachorrinho que aprende a comunicar ao seu dono suas necessidades básicas de fome, sede e necessidade de fazer xixi, por exemplo, como consequência do início do desenvolvimento mentalsomático. 

A comprovação destes veículos também pode ser vista através da projetabilidade lúcida, onde a consciência intrafísica humana pode encontrar e interagir com os princípios conscienciais, ressomados ou não, na dimensão extrafísica. Além disso, na vigia física ordinária, ou acordados, os animais podem utilizar o seu parapsiquismo para perceber consciências extrafísicas na região troposférica a partir da vivência, ainda não lúcida, da multidimensionalidade.

No caso dos animais domesticados, como os cães e os gatos, a proximidade com o ser humano permite uma relação de maior interassistência quando bem aproveitada. Isso implica na lucidez e disponibilidade do tutor para orientar a manifestação dos princípios conscienciais presentes na sua família multiespécie de forma evolutiva. Neste caso, esta pessoa deixa de ser apenas um tutor e começa a exercitar um papel de “orientador evolutivo júnior”. 

O que possibilita uma relação com este nível de profundidade é a cosmoética pessoal, que permite observar o comportamento do animal, entender suas dificuldades evolutivas, seus traços fortes e seus traços fracos e enxergar o que pode ser qualificado na rotina diária que traga ganhos evolutivos para estes princípios conscienciais.

Por exemplo, um cachorro, domiciliado, alimentado em diferentes horas do dia, que possui o instinto de caça, fazendo com que ele corra atrás de aves silvestres que pousam no pátio. Pode-se notar que ele não precisa da caça para sua alimentação, por outro lado a necessidade de ir atrás das aves pode estar relacionada com a sua genética ou simplesmente um tédio devido à falta de atividades físicas estimulantes. Desta forma, um traço força que pode auxiliar na mudança de foco é a necessidade de agradar ao dono ou a excitabilidade gerada por petiscos e brinquedos, por exemplo. Com isso, uma simples reorganização da rotina pode mudar o foco de ataque aos pássaros e redirecionar esta necessidade a um brinquedo, gerando ainda maior integração com o tutor.

Esta mudança simples mencionada acima, demonstra o nível de reflexão que pode ser feito sobre as condutas dos animais, sendo um exemplo cosmoético de liderança interassistencial dentro da família multiespécie. Por mais que o cachorro da história ainda não compreenda suas condutas, esta mudança comportamental no seu atual momento evolutivo, poderá repercutir de forma positiva na sua ficha evolutiva pessoal (FEP). 

Para quem deseja qualificar a cosmoética pessoal na relação com os animais presentes em seu domicílio e atuar como líder interassistencial cosmoético, o primeiro passo é observar o animal, entender suas necessidades, compreender suas formas de comunicação vocal e corporal, respeitar seu atual momento evolutivo e instigar a confiança dele nas suas decisões. Assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento de uma parceria evolutiva com um pré-humano pode gerar ganhos pessoais insubstituíveis, reciclagens intraconscienciais profundas e uma amizade seriexológica de muita gratidão.

Autora

Catarina Peixoto

Voluntária da Conscienciologia desde 2015, atualmente voluntária da Cosmoethos.

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