Este texto traz breve reflexão sobre os benefícios da autopesquisa em contraponto a algumas ideias e conceitos sobre as dificuldades de praticá-la.
Com frequência escuta-se as expressões:
— Autopesquisa não é fácil;
— Reciclar é difícil;
— Sair da zona de conforto é complicado.
Como você reage a estas colocações?
Concorda?
Afiniza-se com elas?
O que é fácil, afinal?
Conviver com a baixa autoestima? Não reconhecer suas capacidades?
Desconhecer os motivos que desencadeiam suas reações negativas e assim não conseguir evita-las?
Investir muita energia para bancar uma imagem irreal, que não é você?
Não permitir-se errar?
Sentir-se constantemente em defasagem porque suas metas foram estabelecidas com base nos parâmetros alheios?
Viver insatisfeito consigo mesmo?
Estas e inúmeras outras situações com as quais as pessoas convivem não são fáceis e na grande maioria geram sofrimento ou desconforto.
A autopesquisa, embora exija força de vontade e mudanças, oferece a possibilidade de encontrar as causas dos incômodos e meios de estabelecer novos padrões comportamentais geradores de maior bem estar e satisfação íntima.
A seguir, cita-se entre outros, 8 benefícios da autopesquisa:
- Assunção do papel de aprendiz:
Ver-se como um ser em construção liberando-se para acertar, errar, tentar novamente, mecanismo próprio de quem está aprendendo. Independentemente da idade intrafísica este processo mantém a consciência jovem, com disposição para reinventar-se. - Coerência na atuação em diferentes contextos:
Redução das diferenças e oscilações na própria manifestação intrafísica e extrafísica, isto é, entre o que sente, o que pensa, o que diz e o que faz. - Construção da identidade consciencial interassistencial:
Calculismo cosmoético no aprimoramento dos traços fortes (trafores) em prol da construção propositada do autoperfil interassistencial. - Distinção entre teoria e prática:
Clareza do que está ainda no campo das ideias e o que já está sendo implementado eliminando a brecha entre teoria e prática. - Movimentação integrada:
Reconhecimento da interação dos traços conscienciais, promovendo concomitantemente a qualificação dos trafores, a superação dos traços fardos (trafares) e o desenvolvimento dos traços faltantes (trafais). - Pró-atividade evolutiva:
Mudança radical estabelecida no assenhoramento da própria evolução ao deixar de aprender pela dor promovendo o próprio crescimento pela vontade. - Qualificação interpretativa dos fatos e parafatos:
Olhar os acontecimentos a partir de inúmeras variáveis favorecendo o modo de pensar, sentir e agir (autopensenidade) mais próximo da realidade, reformulando o pensamento dualista, superficial, imediatista ou assentado no senso comum. - Redução do conflito de identidade:
Aproximação da autoimagem idealizada da autoimagem real, mesmo quando o perfil identificado não tem a melhor performance, viabiliza a implementação de programa capaz de diminuir, senão eliminar, as discrepâncias entre elas.
Conclusão
Manter-se envolvido em questões disfuncionais que tomam a atenção, desviam as energias e o foco do prioritário para a evolução, na visão desta autora, é infinitamente mais difícil que autoconhecer-se, assumir-se e promover as mudanças necessárias para manifestar-se sadiamente.
As mudanças conceituais e de autoexpectativas, o acompanhamento das próprias superações na construção de neoego evolutivo, constitui processo autopesquisístico megadesafiante, porém quando conduzido com lucidez é fonte de prazer e bem-estar com grande probabilidade de levar ao completismo existencial (compléxis).

Elizabeth Pigozzo
Formada em Artes Plásticas. Especialização em Informática na Educação e Gestão Integrada de Processos e Serviços. Atualmente Empresária da Construção Civil.
Voluntário da Conscienciologia desde 2005; docente de Conscienciologia desde 2009; Tenepessista desde 2011.
Atualmente voluntária do CEAEC e ENCYCLOSSAPIENS