10 Dicas importantes na Autopesquisa
O processo de autopesquisa possui multifacetas, desdobramentos variados, aprofundamentos, recuperação de cons e reciclagens.
Mas quais são os 10 conceitos importantes para o seu desenvolvimento e progressão?
Obviamente, cada autopesquisador utiliza suas características pessoais, seu microuniverso personalíssimo neste processo, reagindo conforme seu próprio mecanismo aos inputs e outputs autopesquisísticos. No entanto, todo autopesquisador, indiscriminadamente, enfrenta dificuldades. Não é fácil mudar, superar traços que ainda atrasam a nossa evolução e planejar o passo a passo para as autoreciclagens necessárias. Todos estes esforços de superação demonstram que a consciência possui total condição para melhorar a sua manifestação.
As dificuldades podem advir de vários pontos, inclusive do lado emocional, por vezes o maior dificultador em se conhecer as pararrealidades conscienciais. Podemos citar o medo, a negação, o autoassédio, o autoengano, a procrastinação, a desorganização, como complicadores e travões.
Você, em sua autopesquisa, já sentiu preguiça em registrar dados? Ficou com receio de descobrir algo mais de você mesmo? Teve medo real de após os resultados e reflexões, ter que renunciar a algo para poder evoluir? Optou pela procrastinação? Prefere ficar como está e deixar para evoluir na próxima vida?
A fim de neutralizar estes travões podemos adotar procedimentos, instituir profilaxias, apropriar-se de princípios, nos esforçando para chegar aos nossos objetivos.
Para isso, listamos abaixo, 10 conceitos importantes para sustentar o andamento da autopesquisa:
1. Autodespojamento – Deixar de lado o supérfluo; abandonar a sofisticação inútil, adotar um posicionamento simples, procurando estabelecer ações singelas, mas eficazes. Ir ao cerne das questões, declinando da defesa egóica e dos traços dispensáveis. E um dos aspectos mais sérios, renunciar às posturas anacrônicas e das amizades antievolutivas, tanto intrafisicas quanto extrafísicas.
Questionamentos:
- O seu esforço é pró-evolução?
- Vive na defensiva de suas ações?
- Já pensou em assistir as consciências com as quais terá que adotar uma conduta de dissidência? Tem lucidez do fato de que ninguém perde ninguém?
2. Auto-organização – Compreender que a auto-organização é um conjunto de diretrizes, normas e funções que contribuem para o bom funcionamento de qualquer empreendimento. Mesmo se esse item não é o seu forte, otimizar a organização pessoal nos registros, nas análises, evitando a perda de informações, priorizando as acabativas faz com que a autopesquisa seja bem fundamentada, otimizada em todas as suas formas. Contudo a manutenção dessa organização exige bastante energia e foco por parte do autopesquisador.
Questionamentos:
- A organização é um peso para você?
- Sabe que a manutenção da organização é a parte integrante dela?
- Você inicia e acaba toda atividade?
3. Estudo – Aplicar sua inteligência para adquirir ou ampliar conhecimentos a respeito de algum tema, conjugando leitura, reflexões, análises-sínteses e caracterizando o empenho mentalsomático é imprescindível para o desenvolvimento da autopesquisa. O motor das descobertas pessoais é o autoestudo constante. No entanto, conjugado a este conceito, há os interesses pessoais, o nível dos questionamentos que fazemos e a curiosidade sadia.
Questionamentos:
- Você se empenha no estudo?
- Aprofunda as suas reflexões pessoais ou é imediatista em suas conclusões?
- Qual o seu nível de engajamento autopesquisístico?
4. Foco – Fazer convergir a atenção e os esforços pessoais mantendo-se na rota estipulada evitando os abandonos da autopesquisa, os esquecimentos, os escondimentos, as falhas de atenção. A consciência sem foco vive perdida e não direciona eficazmente as suas bioenergias na evolução, acompanhando os fluxos que a vida lhe impõe.
Questionamentos:
- Qual a sua dificuldade em manter o seu foco na autopesquisa?
- Quais as intercorrências diuturnas prejudiciais na sua autopesquisa?
- Como você pode melhorar o seu foco? Já procurou saber?
5. Interassistencialidade – Assistir é um pilar da autopesquisa e a interassistência precisa ser ampliada a todas as consciências envolvidas. O primeiro assistido é o próprio autopesquisador, mas essa energia positiva emana a todos com que temos contato. Ela é intrinsecamente interassistencial quando evolutiva e cosmoética, e em consequência, também pode se transformar em doação altruística quando em decorrência dela, um produto escrito é realizado, vindo a auxiliar um número muito maior de consciências.
Questionamentos:
- Você tem um olhar interassistencial em tudo o que você faz?
- Está pronto a assistir mesmo os seus opositores?
- Admite com lisura as suas falhas ou está sempre procurando culpar o outro?
- Nas inter-relações, será o primeiro a estender a sua mão?
6. Parapsiquismo – Estar nas bases do Paradigma consciencial, faz do parapsiquismo um fator primordial diretamente ligado à existência da muldimensionalidade e da multiexistencialidade. Também se trata de recurso dinâmico nas prospecções de fatos e parafatos atinentes à autopesquisa. Torna-se assim impossível não considerar a utilização lúcida do autoparapsiquismo nas perquirições pessoais, sendo imprescindível ao autopesquisador, esforçar-se para sua ampliação e aperfeiçoamento.
Questionamentos:
- Você conhece e sabe como funciona o seu parapsiquismo?
- Qual é o seu especialismo parapsíquico?
- No seu dia a dia, você possui atenção parapsíquica com seu entorno?
7. Reciclagem – O conceito de reciclagem faz parte do universo autopesquisístico, do nosso foco imediato e na disponibilidade em melhorar. É indispensável ter ciência que o temperamento será sempre o último a se alterar e o afinco nestas pequenas resoluções de mudança auxiliarão todo o processo. Além de serem autossuperações notáveis a partir dos esforços pessoais, dão nova energia e motivação a todo o transcurso da autopesquisa. A consciência evolui e tal fato pressupõe movimento, crescimento e progressão. Mesmo sendo pequenas ou lentas, as reciclagens devem ser valorizadas.
Questionamentos:
- Você valoriza as reciclagens pessoais?
- Sabe a importância delas para a autoevolução?
- Valoriza cada pequena mudança em seu microuniverso consciencial ou espera sempre a megareciclagem antes?
8. Registros – Os registros fazem parte de todo levantamento pessoal com o objetivo de autopesquisa. Não se trata somente de não confiar na memória, mas sim de se conhecer as ocorrências, seu número, condições e repercutibilidade, além de outros dados relativos e necessários ao desenvolvimento do pensamento científico. Ademais, o uso de ferramentas especificas, questionários e outros otimizam sobremaneira o processo de autopesquisa.
Questionamentos:
- Você leva sempre consigo caderneta de notas e caneta?
- Dedica um tempo para as anotações detalhistas?
- Retira das anotações os dados com atenção, a fim de fazer as análises posteriores?
9. Tecnicidade – As técnicas possuem papel fundamental na autopesquisa, pois constituem-se em facilitadoras e otimizadoras do fluxo de pesquisa. Otimizadoras, encurtam o tempo do resultado sem desservir a qualidade dos resultados. Existem inúmeras técnicas em “n” especialidades Conscienciológicas para serem aplicadas. Cabe ao autopesquisador saber escolher àquelas mais adaptadas ao seu modus operandi consciencial.
Questionamentos:
- Você aplica técnicas em sua autopesquisa?
- Qual o nível de sua autocientificidade?
- Você se cansa rapidamente, na aplicação e reaplicação de técnicas? Qual a qualidade de sua determinação nesta aplicabilidade?
10. Traforismo – O traforismo é sempre a melhor abordagem para a autopesquisa. Alavanca de crescimento e o impulso homeostático para que possamos avançar, sem negligenciar a existência dos trafares e trafais em nossa manifestação. É encarar o estado ainda patológico de nossa existência sob o prisma de que podemos nos autocurar e evoluir.
Questionamentos:
- Você se vê como consciência em construção?
- Da importância mais para o defeito do que para o talento?
- Utiliza os trafores para alavancar todos os processos pessoais na sua vida, com cosmoética?
A autopesquisa está ao alcance de toda consciência, independente de quem seja. Estar ciente da própria intraconsciencialidade em construção, em evolução é uma necessidade para a autocompreensão. Ter ciência de suas imperfeições sem vitimizar-se.
Os conceitos importantes para esta autopesquisa nos auxiliam a iniciar com algumas vantagens. Saber o que pode otimizar e o que não ajudará nos processos pessoais. O que conta é que vale a pena iniciar a autopesquisa, vale muito mais ter coragem para efetivar as autorreciclagens e principalmente colher os bons frutos das autossuperações!
Mãos à obra! Experimente a aventura mentalsomática de autopesquisar-se!

Jacqueline Nahas
Formada em administração pela Universidade Federal do Paraná- UFPR, é voluntária, pesquisadora da Conscienciologia desde 1992. Atualmente desenvolve estudos sobre a Autopesquisologia, Paradiplomaciologia, Educação e Seriexologia. Co-organizadora do livro Homo lexicographus e editora do suplemento especial em francês, Vol.25 da Revista Conscientia.